quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Coisas da vida (ou da morte, vá saber)

Olha que coisa incrível: Ontem nas primeiras horas do dia (mais ou menos 2h30), eu tive vontade de tomar mingau de aveia com chocolate. E quente, coisa que, dificilmente faço. Quem convive comigo sabe que gosto das coisas geladas e na maioria das vezes beeeeeeeem geladas.

Talvez, quem estiver lendo isso, não entenderá nada. Entretanto posso explicar. Ontem foi dia 6 de outubro de 2010, para mim, muito importante desde 1995, quando completara quase um ano que eu conhecia uma grande amiga/irmã e comemorava, pela primeira vez, junto com ela, seu aniversário.

No entanto, a partir deste ano, a data tornou-se mais especial. Todo dia 6 lembro que minha mãe faleceu, desde aquele 6 de julho de 2007. Foi o fim de um sofrimento de anos e anos e claro que eu não fiquei feliz com sua morte. Sou egoísta também, não? Mas sempre falo que senti um alívio por ter acabado seu sofrimento.

E ontem, ao querer tomar mingau de aveia com chocolate quente, lembrei que ela tinha sido a última pessoa a fazer isso para mim, lá em 2005 ou 2004..., como mimo e carinho que sempre me dava.

Fiquei feliz por sentir que ela estava bem e que ainda cuidava de mim.

P.S.: Dia 5 de outubro de 1985, meu irmão Fernando, se matou aos 27 anos. Desde então, todo ano, próximo a essa data, minha mãe ficava doente. Acho que era um chamado dele, que estava arrependido do que havia feito, de alguma forma. A sensação que tive ontem é que ela também está cuidando dele agora.

8 comentários:

  1. Vamos fazer uma coisa, Sr. Anônimo? Diga quem vc é e qual o motivo para comentar todos os posts que coloco aqui...
    Obrigada!

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  2. Vou descobrir um jeito de me apresentar pra você.

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  3. Ahhh, enquanto isso, vá colocando mais que eu leio.
    Bjs

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  4. Andei pensando...
    Se não quiseres, não te escrevo mais. Tu queres isto?

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  5. po... esse texto me deu um abraço seu antes de pegar avião, que vou te contar, viu?

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  6. Sabe, eu ainda tenho a minha mãe (felizmente), mas sempre q penso em alguma comidinha q ela faz prá mim hoje ainda, qdo moro sozinha, e qdo eu fazia faculdade e ela sempre me esperava de noite com uma sopinha (q eu AMO) ou um pão recém feito por ela, para q às 23h30, qdo eu chegasse, estivesse bem quentinho....me dá um nó....meu olhos já enchem de lágrimas....outro dia estava dirigindo c ela ao meu lado na 23 de maio, falamos sobre isso e eu comecei a chorar.....Ela protestou, na hora: "Paula, eu ainda não morri, lembra?".....começamos - as duas - a morrer de rir na hora.....eu ainda c minhas lágrimas.....tenho muito medo desse momento inevitável.....acho q mãe é meio o tal "porto seguro" da gente.....penso q qdo ela vai embora, inicia-se - aí sim - uma nova fase na vida da gente e não qdo eu saí da casa dela prá morar perto, mas sozinha, o cordão umbilical finalmente se rompe! Ou não, pois, parafraseando Caetano, acredito que "seja possível reunirmo-nos num outro nível de vínculo"....... Tenho medo e não sei a maneira correta de lidar com isso....(tá vendo, já tô chorando e nem tô na TPM....)Bjs, Rô!

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  7. Poxa vida hoje é 18/02/2011 e estou lendo isto agora e veio meu querido pai na lembrança. Ele faleceu em setembro/2010 e isso mexeu muito comigo, pois ele fazia exatamente isso que vocês falaram! Ah que falta ele me faz.Beijos!

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