quinta-feira, 17 de junho de 2010

Paciência

Toda noite, antes de dormir, fumo o último cigarro aqui, sentada à mesa do computador. Aproveito para jogar um pouco de paciência. Sim, o velho jogo do Windows mesmo. Às vezes, o jogo está bem fácil, assim como minha paciência.

As cartas aparecem quase que seguidas e se encaixam. Às vezes, não consigo acertar nada. Aparece aquela bolinha verde de todas as cartas viradas, mas tem um montinho que ainda não foi aberto e que não há como. Em outras, eu paro, observo as jogadas e descubro uma forma até que rápida de ganhá-lo.

Parece uma falta extrema do que fazer, não é mesmo? E em partes, o é. Tem a ver com a minha paciência que some ao esperar alguém. Ando impaciente nesse âmbito. Continuo querendo café na cama e colo, ao invés do computador.

É porque, assim como o jogo, falta um montinho para ser aberto e as cartas que estão lá embaixo parecem que nunca vão se encaixar. Parece também que eu estou tentando colocar uma carta vermelha em cima de outra vermelha (ou preta, tanto faz). Não orna, não encaixa, não cojumina, não junta! Por que, como no jogo, as coisas não andam de vez em quando?

Mas eu espero. Uma hora ganho esse jogo real.