sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Noite e outros amores

Ter uma noite de insônia para pensar na vida não é mole. Pensar, pensar, pensar... não consigo desligar, nem tendo meu amor dormindo há algumas horas ao meu lado (e quero deixar claro que eu queria que ela dormisse todos os dias comigo).

São dívidas, planos interrompidos temporariamente, falta de emprego... falta de sono.

Ainda assim, com tudo isso na cabeça, tenho tempo para pensar também:

No meu amor;
Nos meus amigos queridos que eu não quero perder nunca;
Na minha família linda.

Volto a ficar preocupada. Mas, só com esses três itens, sei que posso continuar a viver feliz e sorridente, ao menos umas horas por dia, todos os dias.

Eu amo vocês!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quero o colo da dona Marina

Hoje é um dia daqueles meio tristes e que eu tenho a sensação de será igual em todos os anos, desde 2008. Hoje faz três anos que minha mãe nos deixou aqui. Isso vale?

Sim, ela estava sofrendo um tanto e não valia mais a pena ter de vê-la deste jeito. De qualquer forma, as imagens dos últimos momentos com ela, não saem da minha cabeça (e volto a repetir: acho que nunca sairão).

Para lembrar os momentos de alegria com ela (que também não vão embora, graças!), coloco abaixo um texto que fiz para uma campanha interna da Arisco. Era para ser uma história real de saudades. E tão real quanto essas saudades, tenho o amor que sinto pela minha mulher, pelos meus familiares e amigos/irmãos.

A foto que coloquei abaixo é do meu aniversário em 2007. Mãe: esse primeiro pedaço de bolo será sempre seu aí no plano espiritual, pode deixar!

As irmãs Luciana e Roberta Salles têm em comum o gosto por cozinhar. Esse gosto, não nasceu do nada. Fora aprendido com sua mãe, Marina Salles, que falecera em 2008.

Mineira, dona Marina sempre teve bom gosto pelos temperos, principalmente os caseiros. Assim, fazia questão de levantar mais cedo todos os dias para preparar a comida saborosa das meninas e dos outros irmãos.

Sempre cuidadosa, a mãezona não ensinara nada às meninas. Mas elas, por observação, aprenderam como ninguém a temperar qualquer tipo de comida. E foi a melhor escola. As duas filhas arriscam receitas sempre que podem e guardam, na cabeça, coisas que viam a mãe fazer todos os dias com o maior prazer.

Quando perdia o sono, lá estava dona Marina no fogão, para que todos acordassem com o cheiro delicioso de pão. O cheiro fazia inveja aos vizinhos, que ao comentarem com ela, sempre levavam um pouco para casa.

Também era de matar qualquer um de vontade os salgadinhos que ela fazia para festas, tanto da família, quanto os sob encomenda. E o molho especial de cebola? Nem Luciana, nem Roberta conseguem reproduzi-lo à altura. Tinha um sabor mais do que especial.

Com irmãos bem mais velhos, Luciana e Roberta cuidaram dela até o final. Pouco antes de falecer, ela já não conseguia mais cozinhar como gostava tanto. Além do aprendizado adquirido, as duas têm saudades de tudo que dona Marina deixou, pois, com ela, aprenderam mais do que a cozinhar bem: aprenderam a amar e respeitar aos outros sem que nada fosse dado em troca.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Do que eu mais gosto em você

Amo sentir a sua respiração junto a minha, quando estamos deitadas em nossa cama. Também adoro olhar bem de perto seu rosto e ver suas sardas lindas, bem como seus cílios longos.

Gosto do seu cheiro que invade os lençóis, que impregna o travesseiro e o meu corpo. Gosto de tirar a sua roupa e me enveredar pelo seu corpo.

Adoro pensar que um dia estaremos sob o mesmo teto, com nossos filhos (serão no mínimo dois, correto?) e com bicicletas, patins, roupas de natação, além de passagens e ingressos para a Disney e outros tantos lugares do mundo nas férias.

Nos vejo no supermercado para comprar suas frutas preferidas e, logo ao chegar, eu descascar e cortar todas para você. Gosto quando você pede desculpas por não conseguir responder aos meus e-mails e mesmo quando o faz simplesmente por não ter como colocar a acentuação correta.

Gosto da sua inteligência, do seu sorriso, do seu corpo, do seu beijo, abraço, carinho. Sua preocupação comigo e da sua recepção ao meu carinho, quando está frágil ou quando está forte, como eu sei que você o é.

Amo suas mãos frias e suaves no meu corpo quente. E o fato de você adorar as minhas bem quentes em você. Gosto das nossas bobeiras, de ficar “bouncing” e até mesmo de espernear.

Visualizo o caminho que percorreremos juntas. Fecho os olhos e vejo como serão os dias felizes, os dias de TPM, os dias de dores e de amores. Amo as imagens que se instalam na minha cabeça e confortam o meu coração.

Esse coração que fica pequeno quando chega o domingo à noite e você tem de ir embora. Fico aqui e relembro cada segundo que passamos juntas. Gosto do jeito que você ajuda a abaixar a minha ansiedade e do quanto tem a cabeça no lugar para tomar decisões e me auxiliar a tomar as minhas. Gosto quando você me pede opinião e a respeita, mesmo que não a siga.

Amo nossos quatro meses de namoro... os seis de primeiro beijo. Acho até que, pelo tanto que já nos conhecemos e nos amamos, eles parecem quatro anos.

E amo principalmente o fato de você me amar tanto e de poder falar e demonstrar de todas as formas o quanto eu te amo.

Case comigo logo?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Panic

Sabe quando a respiração parece que vai faltar? O ar vai embora e o corpo fica até meio em falso... Além disso, perco o rumo, perco a vontade, perco a sanidade. Assim é a crise de pânico. Por que ela aparece? São vários fatores insuportáveis. Às vezes, para do meu lado em um vagão de metrô lotado. Outras, em um ônibus cheio ou em um carro parado no trânsito.

O coração fica apertado. Dá vontade de correr pela rua. Fora isso tem ocasiões em que quero ficar deitada, quietinha, como se estivesse precisando de colo.

Mais do que baixar a guarda e a ansiedade – que parece que vai explodir minha cabeça pesada, o medo de ter a crise me leva à crise. Compreensível? Os médicos, os amigos que sofrem com isso dizem que sim.

É uma pressão, uma força com a qual não sei lidar sozinha. Tenho amigos “tarja-preta” que resolvem essa situação rapidamente. Bem, muitas vezes, graças, rapidamente. Nem sempre essa reação química é tão veloz quanto deveria.

Mais importante do que os comprimidos, são os amigos. Sempre tenho e quero ter todos (sim, os amigos, os comprimidos, meu amor...) por perto, ainda que eu desespere alguns deles. Não... isso não é legal. Não gosto de preocupar ninguém, mas aprendi a pedir ajuda, socorro e a enfrentar isso da melhor forma.

Fazia tempo que não escrevia no Bobbie Feelings. E não foi por falta de sentir, obviamente. Preguiça, postergação... e felicidade: o ingrediente mais importante dessa miscelânea toda.

Bjs,

Bobbie.