quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De vez em quando...

O corpo fica mole. Não é uma moleza fácil de lidar, pois geralmente aparece com notícias ruins, choques, baques, seja lá o nome adequado a isso. A vontade de viver pode escapar por entre os dedos, machucar dentro, no fundo. O lance todo é ter a vida como ela é, bem além do que dizia Nelson Rodrigues.

Difícil? Sim, muito. Mas existe um treco, uma força de buscar o que pode segurar mais e mais. Cair é bem fácil, ficar de mal com o mundo, surtar, ter crises e tomar aquele porre ou remédios controlados, tanto faz... pode causar uma descida em ribanceira sem freio.

Entretanto, existem os pés e eles podem servir de freio. Mas o maior freio para tudo isso está entre o conjunto formado por coração e cérebro. Se houver um boicote dessa junção, use os pés e corra para bem longe.Só que tem gente que não consegue correr em outra direção, se não a do abismo.

Sei lá, fiquei com vontade de escrever essa coisa meio sem nada-a-ver depois de receber a noticia de morte trágica de um menino que peguei no colo, novinho e ia completar 18 anos. Mas estava novinho demais para suportar as mazelas as quais estava exposto.

O que aconteceu? Ninguém tem como descobrir, uma vez que ele foi certeiro com a corda.

Bem, como kardecista, só tenho a desejar que encontre seu caminho rapidamente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu, menina, mulher...

Me interesso por pessoas mais jovens sempre. Não sei explicar o motivo. Já ouvi de alguns que é porque não quero parecer velha. Não acho que seja por aí. Primeiro: eu não pareço velha. Segundo: eu não sou velha. Tenho 34 anos, com muito orgulho e ainda acho que estou vivendo a melhor fase da vida até agora.

Não, não desdenho dos meus anos de menina, de adolescente e de nada (ou quase nada) posso reclamar de quando eu realmente aprendi a ser mulher. Eu cresci rápido, acho. E ao mesmo tempo, nunca deixei as meninices de lado e não pretendo largá-las nunca. Isso me faz jovial? Talvez? Minha pele boa (apesar da foliculite) me faz mais menina? A mania de rir de palavras me deixa criança?

Talvez nenhuma dessas seja a resposta correta. Talvez, até mesmo o fato de eu ficar com meninas mais novas não seja algo que justifique nada. Sei que me dá prazer e não é uma regra. Eu já tive prazer com as mais velhas. Gosto de cuidar dos outros o que bizarramente me faz cuidar mais de mim. É uma troca que faço comigo? Também não sei.

Esse post está mesmo sem propósito e acho que no fundo eu só queria declarar que sou muito feliz com as meninas mais novas, com as mais velhas, com as mulheres amigas, com as amantes e que não importa a idade que elas (ou que eu) tenham.

Importo-me com a vitalidade que eu tenho e com a intensidade dos fatos. Eu não tenho medo de me envolver, não tenho medo de amar, apesar de ter quebrado a cara e o coração por “n” vezes. E até tenho consciência de que não foram as últimas. Somos racionais, certo? E isso deve servir para matutarmos um tanto sobre o que podemos ou não complicar na vida risos...

Eu admiro as pessoas que convivem comigo e gosto da admiração que elas têm por mim. Gosto mesmo. No fundo, quero mais ser bem amada como sempre e deixar os fatores idade, peso, altura, condição financeira e tudo “o que realmente importa” pra um tanto de gente bem de lado.

Eu me importo em ser feliz e buscar essa felicidade a muitos preços. Sou vendida? Quem quiser que tire essa conclusão. Minha cabeça é bem aberta para ouvir isso. Mesmo porque, estou com a consciência bem tranquila para realmente me abalar com essa opinião.

Pode dizer por aí que sou uma pessoa insegura e por isso quero as mais novas e me apaixono tão facilmente. O fato é que me apaixono por pessoas que realmente acredito que possam me dar o retorno do amor e de um amor louco.

Não quero marasmo na minha vida e isso sim deve ser a resposta para toda essa jovialidade que sinto. E vou morrer, aos 90 e tantos (acho) me sentindo assim. Bem, pelo menos é o que eu quero.

E ser feliz sempre, claro (mesmo que seja por um tempo).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estava demorando para que eu escrevesse sobre a nova fase da vida. Afinal, novas fases são recorrentes, não? Porque sempre mudo algo. Dizem que tem a ver com o meu signo. Não sei... Prefiro pensar que as coisas me emputecem ás vezes e eu, pessoa inerte, teimo em ficar aguardando o furacão.

Porque quando aparece é um furacão mesmo. Derruba tudo para que eu tenha que reconstruir. Meu bunker de uma forma ou de outra está sempre lá, como na música que eu tanto gosto que diz:

Who's in bunker, who's in bunker? Women and children first Women and children first... É que nesse caso sempre sou a mulher e a criança. Preciso de colo (que sempre tenho, não posso reclamar) e deixo minha fragilidade aparecer mais.

Não é só a questão de querer aparecer o tempo todo. Claro que eu quero que me notem. E notem bem, tenho dito. Mas é a questão da inércia que eu sinto que preciso mudar.

Estou feliz, estou bem. A depressão ainda ronda um pouquinho, principalmente na insegurança de achar que não vou conseguir fazer. Mas que porra é essa? Se eu SEI fazer, eu posso fazer. Se eu não sei, ainda posso APRENDER.

De onde vem esse medo? Eu acho que ele está escondido nas minhas cobranças e ao mesmo tempo na mania de deixar mais para a última hora. Mas não quero desanimar.
Estou bem, estou feliz e com perspectivas novas. Se elas serão frustradas? Who knows?

Eu não. Mas, mais uma vez, vou descobrir.

Amor

Recorrer a subterfúgios para se sentir amada não é realmente o meu forte. Eu gosto de ser amada de verdade. Quem não gosta? E assim me sinto por meus amigos, por minha família. Especialmente por minha irmã e pelo meu sobrinho que tem apenas três meses, mas demonstra por um sorriso lindo e por sons que ainda não distinguimos o carinho ao ouvir minha voz.

Essa constância de querer o amor por perto é comum para mim. E não quero novamente justificar que o seja para todos. Tem gente que diz viver bem sem o amor. Sem nenhum deles? Balela! Isso não existe e não tem como existir.

Alguém pode ser rude, ruim, malvado e ardiloso, mas até isso é feito para obter amor há gosto para tudo, não?). E um contato, uma ligação perdida despertam em mim a vontade de amar mais. Por mais que seja carinho, por mais que seja só carinho e amizade.

O amor tem várias formas e sentimentos diferentes. Amo pessoas demais e cada uma tem um toquezinho desse sentimento de um jeito diferente. Sou experiente nessa área de amar, por mais que já tenho sofrido, gritado, chorado e até algumas vezes simplesmente deixado pra lá.

Mas o que mais me irrita na vida é deixar o amor passar. Por isso, nunca vou abdicar desse sentimento, para nada, para ninguém. Até mesmo porque, às vezes preciso amar para saber que a pessoa a quem amamos nem merece esse amor. É duro, mas só descubro quando já é tarde: ele já está lá, me faz sorrir e ter vontade de viver um tantão a mais.

Que venha o amor e, como sempre, que venha puro!