domingo, 10 de julho de 2016

Expectativa e acaso

Um dia a gente fica solteira. Chega em casa com aquele ar de "cadê todo mundo?!" e vai lavar a cara que está um pouco melhor. Afinal, os dias passam. Você se acostuma a este estado e agora o acha bom. Beeem bom. 

Procura leveza nas coisas, nas ações, nas atitudes. Entretanto, uma leve ansiedade bate. Bate e pega de jeito. Mas não tem a ver com o fato da solteirice em si. Tem a ver com uma expectativa boa, criada a partir de seu fantástico mundo. 

Dificilmente a gente cria expectativas ruins. Quando são ruins, não são expectativas. Até prefiro tratá-las como acaso. Ninguém quer o negativo, o triste, o medo, a dor. Ninguém. Pode até falar que é uma sofredora nata. Que passou por isso um milhão de vezes e até que sabe que passará mais dois milhões. 

Ninguém gosta. Eu também não gosto. Mas de nada adianta. O sofrer não pode ser simplesmente justificado e deixado pra lá. Tem que ser vivido. Não, não estou sofrendo. Já passou, ok? Mas quero expectativas na vida. Esperanças reconstruídas a partir de um pequeno sorriso ou de algo que o valha. Quero esperar pelo bem, pelo bom, pelo tudo. 

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