Queria ter um tratado. Um tratado, texto, cartilha. Algo que ensinasse bem formatado o modo simples de gostar de alguém. No entanto, relacionamentos são diferentes. As buscas são diferentes. A magia é diferente.
E essa diferença carrega um peso. Carrega também um molde construído e enraizado fortemente, cheios de "e se"; "por quês"; "como"... A verdade é que o tal molde também tem de ser mudado. Atualizado, reciclado, novo.
Porque o novo só acontece quando a argila está mole; maleável. Remoldá-lo não é das tarefas mais simplórias. Tem que cortar arestas. Tem que reformular e construí-lo, muitas vezes, do início.
Como se fosse tudo novo de novo. Porque assim, o é. É preciso força. É preciso respeito, consenso, virtude. Estou aqui com o meu molde em reconstrução. Corto o que não serve. Exploro movimentos novos.
E não há como deixar de fora o ingrediente principal: a atitude. A atitude de seguir sempre em frente. Com ou sem um norte estabelecido. Me jogo. Assim, para que serviria o tratado mesmo?
A constatação aqui é que ele não existe. Ainda bem!
terça-feira, 28 de junho de 2016
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